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Cronoanálise: o estudo de tempos e movimentos

Cronoanálise: o estudo de tempos e movimentos

Em um momento de grandes transformações na indústria e maior concorrência no mercado, as empresas precisam encontrar maneiras de aumentar a produtividade e ser mais eficientes. Uma das formas encontradas pelos gestores para atingir esse objetivo é a cronoanálise.

 

O que é cronoanálise industrial?

Embora seja uma metodologia cada vez mais utilizada no contexto da Indústria 4.0, a cronoánalise tem sua origem com os americanos Frank Gilberth e Fredereick Taylor, justamente no contexto do Taylorismo.

Os engenheiros perceberam que existia uma variável fundamental na busca por maior eficiência: o tempo. Assim, eles se dedicaram a analisar os tempos de cada etapa do processo produtivo, procurando entender a linha de produção de forma racionalizada.

A cronoanálise é, portanto, uma ferramenta que tem como objetivo analisar os tempos de realização das atividades que envolvem o processo produtivo. Assim, é possível ter maior controle sobre o negócio e entender onde há espaços para a otimização de processos.

 

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Por que medir tempos e movimentos?

Ok, você agora já sabe o que é cronoanálise. Mas quais são os benefícios de ficar mensurando a execução de cada tarefa em um processo industrial?

A ideia está muito relacionada com o conceito de Lean manufacturing. Afinal, é só tendo pleno controle dos seus processos que você conseguirá identificar e eliminar desperdícios.

Com dados reais de tempos e movimentos, gestores podem tomar decisões mais assertivas e deixam de se basear na intuição quando buscam resolver algum problema. Eles ainda tem um respaldo muito maior para adquirir máquinas ou uma nova tecnologia, afinal, existem dados que comprovam que há um gargalo na operação.

As análises não envolvem apenas os processos que sua empresa realiza. Lembre-se que por trás de toda atividade tem um profissional executando. Ou seja, medir tempos de execução também é uma forma de avaliar o desempenho dos seus funcionários e até definir um sistema de bônus e metas justas.

Por fim, os próprios clientes finais são beneficiados, já que o maior controle sobre o tempo de cada atividade permite garantir prazos mais precisos e rápidos.

 

Como aplicar a cronoanálise?

Para alcançar essa série de benefícios é preciso seguir uma metodologia de aplicação da cronoanálise. Não é algo tão complexo, mas que precisa ser seguido de forma criteriosa e com organização.

De maneira simplificada, podemos dividir esse processo nas seguintes etapas:

 

1 – Mapeamento de processos e definição de elementos

Antes de mensurar os tempos de execução de cada tarefa, é preciso entender primeiramente quais são os processos realizados por sua empresa.

Parece algo simples, mas se você não tiver isso mapeado, certamente irá se perder no meio do caminho. Não é à toa que existem ferramentas de mapeamento de processos voltadas exclusivamente para organizar essas atividades.

Uma vez que você já tiver uma visualização melhor dos processos da empresa, é hora de dividir em “elementos de análise”. Ou seja, intervalos com início e fim bem definidos para medir os tempos de execução. É importante que os elementos não sejam tão curtos (para não dificultar a cronometragem) e nem longos (para não perder profundidade de análise).

 

2- Levantamento de tempos

Chegou a hora de finalmente fazer as medições. Nesse momento, o ideal é mensurar as atividades de trabalhadores que sejam considerados “normais”. Que não tenham grandes variações de desempenho ao longo de suas tarefas.

A ideia é medir essa execução de 10 a 20 ciclos, sendo que cada ciclo representa a realização de todos os elementos da operação. Só assim é possível eliminar possíveis desvios.

Tudo isso deve ser feito por alguma pessoa de fora ou até com o uso da tecnologia. Não deixe que o próprio funcionário descreva seus tempos pois você correrá o risco de ter alguma interferência no processo.

 

3- Definição de Tempo Padrão

Para entender qual é o tempo padrão gasto em cada atividade, é preciso fazer algumas contas.

Primeiramente, vamos identificar qual é o Tempo Normal de uma tarefa. Nessa etapa, existe um certo grau de subjetividade. Isso porque iremos pontuar o ritmo que o trabalhador avaliado realizou a tarefa.

Então se achamos que o colaborador executou ela de forma mais lenta que o normal, isso pode ser reajustado aqui. Para isso usamos a seguinte fórmula:

Tempo Normal = Tempo Medido  X Rendimento (em %) / 100

O Valor do “rendimento” é definido de forma subjetiva, caso o gestor ache que ele trabalhou em um ritmo normal (100%), o Tempo Normal será igual ao tempo mensurado.

Em seguida é preciso descontar um “tempo de tolerância”, que geralmente fica entre 7% a 10% em trabalhos que não exigem grande esforço físico.

Por fim, a fórmula final é:

Tempo Padrão = Tempo Normal – Tolerância.

Esse é o valor final que o gestor terá como referência para tentar otimizar e agilizar a operação.

 

4- Ações de melhoria

Após a coleta de dados, será possível entender exatamente como é gasto o tempo de cada funcionário e será mais fácil identificar os gargalos no processo produtivo. Assim, cria-se um processo de melhoria contínua, onde o gestor deve rodar um ciclo PDCA para a execução das ações necessárias.

É importante continuar sempre mensurando e analisando os processos da empresa, já que eles ganham novas dinâmicas com as alterações visando otimização.

 

 

Em busca do método mais eficiente

Ao encontrar o tempo padrão e entender o ritmo de trabalho dos funcionários, o gestor terá insumos para definir quais são os métodos mais eficientes nas diferentes etapas do processo produtivo.

Isso é fundamental para ele tomar ações concretas. Essas mudanças podem estar relacionadas aos processos (é o caso da eliminação de alguma etapa ineficiente, por exemplo), às pessoas (com treinamentos caso os tempos não estejam satisfatórios), ou ao layout industrial (caso seja um problema de organização de espaço)

Independentemente de quais forem as mudanças, o importante é se basear nos dados coletados e tomar decisões efetivas a partir deles. Afinal, a cronoanálise só tem sentido se houver ações práticas ao fim de seu ciclo.

Como a Novidá pode te ajudar?

Você já imaginou se pudesse medir tempos e movimentos de forma automatizada, sem nenhuma interferência humana? E mais, com dados em tempo real, histórico e uma análise completa sobre cada um de seus colaboradores e processos.

Isso já é possível através do sistema de geolocalização de precisão da Novidá. Por meio de tags (beacons), crachás ou smartphones, acompanhamos a movimentação de equipamentos e colaboradores na operação.

Em um dashboard personalizado, o gestor tem acesso a tempos de execução, mapa de calor, localização em tempo real e muito mais! Tudo isso será essencial para ele tomar decisões mais assertivas e melhorar sua gestão de processos.

Quer entender melhor como a Novidá pode te ajudar na cronoanálise e aumentar a produtividade do seu negócio? Entre em contato conosco!

 

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