Após a Segunda Guerra Mundial, o mercado japonês estava destruído e precisava se reerguer. Adaptado à realidade do país, que possuía um espaço geográfico muito menor que o dos Estados Unidos, surge o Toyotismo, adotado primeiramente pela fábrica da Toyota.

A capacidade inovadora de Eiji Toyoda – chairman da empresa e o grande responsável por torna-la uma das principais industrias do mundo – permitiu que seu país abraçasse uma abordagem industrial totalmente diferente da aplicada até aquele momento.

Após visitar fábricas americanas e se deparar com espaços gigantescos para estocagem de produtos e manufaturas pouco enxutas, ele decidiu fazer diferente e se utilizou principalmente dos conceitos de Just-in-Time e acumulação flexível para criar um novo modelo de operacionalização da produção.

O modelo, que vai na contramão dos ideais do Fordismo e Taylorismo, se popularizou pelo mundo a partir da década de 1970, momento em que o capitalismo, a economia de mercado e o fomento ao comércio internacional ganham força, exigindo um novo salto de produtividade e lucratividade das empresas.

Entenda mais sobre os principais diferenciais desse modelo!

 

O que é o Toyotismo?

O toyotismo é um sistema de produção industrial com foco na flexibilização da mercadoria. Esse modelo industrial substitui o sistema do fordismo, que previa a máxima acumulação de estoque: a partir de então a produção passa a ser feita sob demanda, com foco na redução de estoques e aproveitamento máximo dos recursos que a empresa possui.

Para que isso fosse colocado em prática, foi fundamental o avanço de sistemas tecnológicos nos meios de transporte e comunicação, algo que era impensável na época do fordismo. Isso porque era necessário ter rapidez no fluxo de mercadorias, para não haver atrasos e nem falta de matéria-prima para a produção.

 

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Quais são as principais características do Toyotismo

1) Flexibilização da produção e Just-in-Time

Em vez de estocar produtos, o Toyotismo prega a produção sob demanda e a eliminação do desperdício de recursos. Assim, toda matéria-prima é utilizada e não há excedentes na produção.

Isso não só facilita a circulação de insumos, pessoas e processos no chão de fábrica, facilitando a gestão de processos e um foco mais claro em seu entendimento operacional para facilitar a identificação de oportunidades de melhoria e desperdícios (lean).

Além disso, o conceito prega que os produtos não devem seguir um único padrão, já que podem ser personalizados (cores, estilos, etc). Essa foi uma das grandes sacadas da época, pois pense: você prefere um carro feito do jeito que a montadora quer ou gostaria de escolher os detalhes? Se hoje já podemos fazer isso com os carros que compramos atualmente, muito se deve ao toyotismo.

Essa possibilidade alavancou as vendas e refletiu em lucros no fim do mês.

 

2) Mão de obra qualificada e multifuncional

Na linha de produção fordista, o trabalhador tem uma única função determinada. Já no Toyotismo, ele deve estar apto a exercer as mais diversas tarefas e conhecer bem a forma com que o produto é feito.

Vale ressaltar que o modelo prevê e recomenda especialização de funções, mas de uma forma muito menos radical como o fordismo. Quem não se lembra da cena clássica do filme tempos modernos, de Charles Chaplin, em que ele só apertava porcas? Era esse nível de especialização pregado pelo fordismo.

O toyotismo ainda prega a especialização, mas focada em especialidades, como vivemos até hoje nas empresas.

3) Foco na gestão da qualidade e diferenciação no mercado

O toyotismo prega que, do início ao fim, todas as etapas passem por um rigoroso sistema de controle de qualidade, que permite o não aparecimento de gargalos no processo e resulta em um diferencial importante.

Você já deve ter se deparado com a célebre frase de William Deming “O que não é medido não é gerenciado”. Este é um conceito implícito crucial do toyotismo quanto ao controle dos processos, e presente e fundamental nas operações até hoje em métodos até não diretamente relacionados ao chão de fábrica, como o BSC (Balanced Scorecard)

Além disso, o foco na produção de produtos que realmente serão vendidos permite que o aparecimento de defeitos seja reduzido, onde acaba se aprimorando o conceito de especialização extrema do fordismo, mas com um viés claro de rentabilidade e vendas, e não simplesmente com a redução de custos.

 

4) Utilização de métodos de gestão à vista

Para controlar e acompanhar todas as etapas, o Toyotismo prevê transparência, visibilidade e organização. Isso é essencial para que o método dê certo e, nesse sentido, surgem metodologias próprias como o Kanban.

Em resumo, o Kanban é uma forma simples, mas extremamente eficiente, de fazer o controle de execução de rotinas de trabalho.

O modelo popularizou diversos outros conceitos com o tempo como o Lean, 6 Sigma, WCM, etc.

Em todos estes, algo fundamental se faz necessário: Entender e controlar seus processos fim a fim!

 

5) Análise das demandas no mercado

Em busca de aperfeiçoamento, é importante que a empresa esteja atualizada e invista em pesquisas de mercado para adaptar o produto às principais exigências do cliente.

Entender quais são as demandas dos consumidores é essencial para implantar um processo de Lean Manufacturing e reduzir os desperdícios com gastos desnecessários, outro conceito base do toyotismo.

 

Por que o toyotismo ainda é atual?

Conforme comentamos, o toyotismo é um sistema de produção que estourou década de 70. De lá para cá, muitas transformações ocorreram na manufatura, inclusive a eclosão da Indústria 4.0. Com a digitalização do chão de fábrica e o surgimento de tecnologias como IoT, Inteligência Artificial e Big Data, é de se pensar que o toyotismo teria ficado para trás, certo?

Muito pelo contrário. Nunca o momento foi tão propício para colocar esse sistema em prática. Afinal, só agora temos dispositivos que permitem uma real visualização do que acontece na fábrica, uma previsão certeira de estoque, métodos avançados de gestão à vista, dentre outras soluções que possibilitam o maior aproveitamento dos recursos na indústria.

Portanto, é necessário olhar para as ideias do toyotismo e analisar quais ferramentas tecnológicas você pode usar para colocá-lo em prática. Se Eiji Toyoda vivesse nos tempos atuais, certamente ele estaria fascinado com as possibilidades de otimização que temos em mãos.

 

 

Como a Novidá pode te ajudar?

Eiji Toyoda e sua visão certamente possibilitaram às empresas tivessem a clara visão que os recursos envolvidos na produção pudessem ser melhor aproveitados, desde a matéria-prima até os funcionários da empresa.

Para te ajudar a administra-los, a Novidá desenvolveu uma solução focada no entendimento e melhoria de processos operacionais focado nas pessoas e suas atividades operacionais, sozinhas na operação ou no comando de equipamentos e veículos internos.

Através de um conjunto de tecnologias proprietárias que envolvem sistemas de geolocalização indoor e outdoor (RTLS), Internet das Coisas e Inteligência Artificial, entregamos aos nossos clientes um entendimento holístico destes processos.

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