Em janeiro deste ano surgiu uma informação surpreendente: o número de habitantes da China, país mais populoso do mundo, registrou uma queda de 850 mil pessoas em 2022.
A China encerrou 2022 com 1,411 bilhão de habitantes; em 2021 havia 1,412 bilhão de chineses. É a primeira vez em mais de 60 anos que a população chinesa, em números absolutos, decresce.
Este movimento decorre da queda na quantidade de filhos por mulher no país asiático. Este fenômeno não ocorre só na China; acontece também nos EUA, na Europa, na índia… e no Brasil.
Paralelamente, as pessoas estão vivendo cada vez mais.
Com menos crianças e jovens, e mais adultos e idosos fisicamente saudáveis, se dá um reflexo no mercado de trabalho: hoje, não é raro encontrarmos 3 ou 4 gerações diferentes de indivíduos trabalhando lado a lado dentro de uma empresa.
E isto é ótimo!
Múltiplas gerações, múltiplos talentos
Empresas que têm colaboradores de diferentes faixas etárias largam, na corrida pela entrega dos melhores produtos e serviços, já em grande vantagem: a diversidade de ideias que há dentro delas é muito maior do que a vista em empresas com apenas 1 ou 2 gerações em seu interior.
E isso conta pontos: problemas complexos pedem soluções complexas. Não existem respostas simples que resolvam desafios amplos, os quais se estendam por diversos campos de atuação.
E é justamente isto que se consegue quando se tem equipes intergeracionais trabalhando: as citadas soluções complexas. Aquilo que era difícil em demasia para ser compreendido por colaboradores com pouco tempo de carreira pode facilmente ser assimilado por um funcionário veterano.
Já o que era novo demais para ser reconhecido por operadores de idade elevada se mostra familiar aos mais jovens. Os grupos colaboram entre si; o resultado é um produto final melhor – muito melhor.
Não se trata só de jovens e maduros
Como está dito anteriormente, os grupos colaboram entre si – todos os grupos, não apenas os de idade mais e menos avançada. Isto inclui os chamados Jovens Adultos (geralmente entendidos, pelos demógrafos, como os indivíduos de até 25 anos) e os adultos propriamente ditos (embora existam divergências sobre esta classificação, tratam-se dos homens e das mulheres entre 25 e 60 anos – claro, há subgrupos dentro desta faixa etária tão extensa).
A riqueza de se ter, no corpo de funcionários, uma equipe etariamente diversificada não está apenas nos extremos da vida humana (embora eles também sejam necessários). São bem-vindos à organização colaboradores de 21 anos e colaboradores de 70 anos. E, é claro, outros de 30, 40, 50 anos…
Cada pessoa, do ponto de vista de sua idade, pertencerá a uma geração (babyboomers, Geração X, Geração Y, Geração Z, Millennials e, mais para frente, os Alfas, que são os nascidos após 2010).
Todos terão uma carga cultural e de experiências de vida diferentes; e todas estas cargas se somarão para a produção de mais e melhores bens e serviços pela companhia.
Equipes multi gerações: desafios
Não há ações, no mundo empresarial, que só tragam benefícios ou só tragam malefícios.
Ter seu quadro de funcionários representado por um mix de gerações é excelente. É algo que trás um ganho para a empresa que pode, inclusive, ser até mesmo mensurado. Empresas multigeracionais geram mais lucros a seus controladores, melhores salários para seus colaboradores e, sobretudo, clientes mais satisfeitos.
Mas também há desafios a serem enfrentados por tais companhias, vindos desta característica (que é predominantemente positiva, vale sempre frisar).
Pessoas jovens costumam ser um pouco imediatistas. Buscam vislumbrar o resultado de seus esforços quando eles ainda sequer terminaram. Ocasionalmente, apresentam um índice de adesão à cultura da empresa abaixo do desejável.
Já indivíduos de idade avançada podem se mostrar resistentes a mudanças. Não ocorre com frequência, mas estas pessoas podem estar extremamente adaptadas a práticas que foram bem-sucedidas no passado, mas que hoje estão ultrapassadas.
Porém, até nisso revela-se a beleza de empresas com quadros de funcionários de várias gerações: os funcionários mais velhos tendem a corrigir e compensar os erros dos mais novos – e vice-versa!
Em companhias com pouca diversidade etária, ocorre o contrário: as piores características da geração que predomina na empresa passam a ser as piores características da própria empresa. Isto se reflete, infelizmente, na qualidade dos produtos e serviços colocados pela companhia à disposição do mercado.
Cada trabalhador é um conjunto único de qualidades e defeitos
É preciso resistir à tentação, no entanto, de classificar as pessoas apenas de acordo com suas gerações. Até porque fazê-lo é uma forma de preconceito: o etarismo.
Claro, a geração a qual o trabalhador pertence influi em sua conduta. Não há dúvidas a este respeito. Daí, aliás, este artigo. E estas características próprias de cada geração precisam ser levadas em conta, inclusive, no momento em que a empresa faz um processo seletivo para o preenchimento de vagas.
Mas atenção: levar tal dado em conta no momento de contratar pessoal não significa rejeitar os mais velhos, nem tampouco os mais novos; é justamente o contrário – deve-se agir positivamente neste sentido, buscando contratar indivíduos de todas as idades para a companhia. Isto é conhecido como discriminação positiva.
Nós, da Novidá, nos orgulhamos da diversidade etária de nosso quadro de funcionários – e queremos que você, empresário-parceiro, tenha o mesmo orgulho em se tratando de sua companhia.